De consulente a membro da corrente




De consulente a membro da corrente 
por Anna Pon

A Umbanda é assim: ou quem a conhece a ama ou dela se afasta.
No primeiro caso é comum, sem generalizar, que a pessoa se encante e sinta vontade de aderir ao movimento, engajando-se na corrente mediúnica do terreiro que frequenta, situação diferente dos casos nos quais a mediunidade aflora e o trabalho é o "remédio" para o bem estar do médium nessas condições.
Na maioria das vezes, a pessoa "encantada", não faz a menor ideia do que seja realmente a religião de Umbanda, envolvida pelo deslumbramento, ela não tem a mínima noção da dinâmica de uma gira, de como a religião surgiu e das várias diferenças existentes entre os terreiros que praticam, cada um, a sua Umbanda nos moldes que entende ou se dispôs a desenvolver.
É comum ainda, que o(a) consulente, conserve a ilusão de que todos os membros da corrente, vestidos de branco, gentis e atenciosos, sejam pessoas espiritualizadas e muito boas pelo simples fato de serem os porta vozes do além. Em nenhum momento, nesses casos, atinam que ali estão reunidas pessoas comuns como todas as outras, buscando apenas cumprir sua missão e, de alguma forma, conseguir vencer suas próprias dores e mazelas, bem como limitações.
Nesse clima envolvente, do qual participam a ilusão, a falta de informação e, até mesmo, em alguns casos, a pretensão de ser "privilegiado" pelo acesso, teoricamente, mais fácil aos guias espirituais, a pessoa se aventura e decide entrar para a gira.
Feliz pela decisão, passa a sentir que é "especial", que as pessoas a acolherão com a mesma gentileza e boa vontade dos seus tempos de consulente e, de inicio, as coisas normalmente são assim, até que as regras lhes são apresentadas, gentilmente, e as pessoas já não mais parecem tão espiritualizadas, gentis e tolerantes como se pensava.
Pouco a pouco a ilusão acaba e a empolgação cede lugar à realidade.
Devagar, o(a) ex consulente, agora membro da corrente, iludido, vai percebendo que a religião é bela e boa sim, porém, as pessoas são comuns, tão ou mais, em alguns casos, necessitadas que ele(a) e que a religião, embora pareça simples, na verdade é complexa e bastante exigente quando levada a sério.
Nesse momento crucial muitos desistem, outros insistem e poucos permanecem. Mesmo na atualidade, onde a Internet informa e os livros sobre Umbanda ganham cada vez mais espaço no disputado universo literário, muita gente desconhece sua real missão que é, essencialmente, colaborar com a evolução do ser humano conduzindo-o à descobrir o potencial divino que existe em cada um, entre outras como, por exemplo, a pratica da caridade que humaniza e aproxima as pessoas de uma forma ou de outra, mesmo que seja um simples ensaio.
Pelo acima exposto, considero de fundamental importância a instrução nos terreiros, seja em forma de palestras, vídeos ou bate papo descontraído.
Penso que instruir, esclarecer, rompendo com as amarras do saber velado, seja uma das formas de se praticar a caridade de maneira mais eficaz.
Auxiliar o progresso de todos, despertando consciências, é uma das tantas missões da Umbanda.
Aos que estão vivendo a fase da empolgação; fica o recado:
Transforme empolgação em entusiasmo e busque a instrução, porém, acima de tudo, silencie sua mente e procure ouvir a voz do seu coração.

Anna Pon


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